Inflação de Preços - China 2021/22

Apesar de estarem a caminho de um crescimento acima de 8% este ano, a China prevê um enfraquecimento para 2022 e lida com uma aceleração da inflação acima do esperado pelo mercado.

Em julho de 2021, o índice avançou 0,5%, maior do que a alta de 0,3% verificada em junho e, em relação ao ano anterior, o índice de preços disparou em 9,0%. Uma das economias mundiais que melhor se recuperou da crise gerada pela pandemia mundial, está com seu crescimento para o próximo período comprometido, uma vez que as empresas enfrentam preços mais altos de commodities e gargalos da cadeia de abastecimento global impactada por novos surtos de COVID por conta da variante Delta. Além disso, analistas dizem que a demanda reprimida em 2020 já chegou ao seu pico, não tendo mais fôlego para sustentar o crescimento.

A China enfrenta, também, chuvas intensas e inundações em algumas províncias, comprometendo ainda mais a atividade econômica. Todos esses fatos geram incertezas que levaram analistas do Goldman Sachs e do Barclays a revisar suas previsões para o país no terceiro trimestre, abaixando as expectativas para o período.

Em nota, analistas do Nomura dizem acreditar que "as pressões inflacionárias são passíveis de controle, e Pequim não deve exagerar na reação ao dado de inflação de julho mais forte que o esperado. Em vez disso, esperamos que Pequim mantenha seu misto único de política monetária de 'aperto direcionado + afrouxamento universal´ durante o restante do ano."

A Atlas Sourcing avalia que o impacto para importadores brasileiros seja de aumento significativo no custo bruto dos produtos, por conta da escassez de matéria prima e também por rupturas na cadeia de suprimentos. Prevemos que, à curto prazo, ainda haverá uma superlotação nos portos na China resultante de surtos da COVID, uma vez que se forem identificados casos de infecção nas zonas portuárias, estas serão inteiramente fechadas para quarentena.