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Como a rixa comercial entre a China e a Austrália reflete no Brasil.

  • bruno5529
  • 18 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Desde de o ano passado, quando a Austrália ecoou o presidente dos E.U.A., na época Donald Trump, ao apoiar que houvesse uma investigação internacional sobre a origem do coronavírus com o intuito de culpar a China pela pandemia, Pequim retaliou sua grande parceira comercial. Sobretaxando produtos australianos e deixando de comprar suas principais commodities, que representaram um claro recado diplomático.


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Em abril deste ano, com a decisão do Ministério das Relações Exteriores da Austrália de romper uma parceria entre a China e o Estado australiano de Victoria, e a China suspendendo por tempo indeterminado o diálogo econômico com o parceiro comercial, o valor do minério de ferro disparou.


Mesmo sem poder, atualmente, renunciar à commodity que vem da Oceania, a China tem opções a longo prazo como a Rússia - já com forte produção mineral - ou mesmo países africanos - onde os chineses no passado ajudaram a estruturar cadeias de logística e suprimentos.


80% da produção mineral da Austrália é comprada pela China, o que supre 60% de suas necessidades. Estamos falando de uma receita entre US$ 70 a US$ 80 bilhões para as mineradoras australianas.


Sentindo o impacto, a Austrália deu o primeiro passo para retomar a relação comercial, com o Ministro de Comércio, Turismo e Investimento da Austrália, Dan Tehan, que disse ser o diálogo a melhor forma de lidar com as diferenças e, especificamente, enfatizar que deseja manter "nosso relacionamento comercial muito forte com a China".


Uma necessária abordagem diplomática para reiniciar o relacionamento entre os países que, após o grande estresse causado pelo Covid19, deixaram vir à tona suas diferenças culturais. Embora não seja preciso concordar neste âmbito para fazerem negócios, temos que considerar que boas relações comerciais se baseiam, também, em relações sólidas nas esferas da interação humana e do intercâmbio cultural.


A Atlas Sourcing observa que as indústrias e consumidores brasileiros pagaram o preço por essa ruptura, uma vez que o minério de ferro australiano, ao não ser mais fornecido à China causou escassez na produção de aço e afetou o fornecimento global do produto, supervalorizando o preço da commodity e, como consequência, inflacionando o valor dos produtos acabados.

 
 
 

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