China dá novo golpe na guerra comercial contra a Austrália e E.U.A. se envolve.
- bruno5529
- 28 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Confirmando que o plano de redução de compra do minério Australiano está em curso, Pequim cortou as exportações de aço para o país em mais da metade, um golpe duríssimo para a importante indústria australiana.

O impacto será sentido na retomada da economia, quando a demanda por aço deve aumentar por conta da construção de mais moradias e infraestrutura. Isso, aliado à redução das importações da China, só aumentará a lacuna de oferta, lacuna esta que nenhum outro país poderia preencher, uma vez que a Austrália depende da China para 30% de seu aço processado. Já as exportações para a Austrália representam apenas 1 por cento da produção da China, colocando o país asiático em ampla vantagem nesta "guerra comercial".
Além do minério, o boicote também chegou a outros produtos, como carvão, marisco, cevada e vinho. Os Estados Unidos, que ocuparam essa lacuna e estão fornecendo carvão e produtos agrícolas para o mercado chinês, se posicionaram através do presidente Biden dizendo que “Não estão preparados para melhorar as relações em um contexto bilateral e separado ao mesmo tempo que um aliado próximo e querido está sendo submetido a uma forma de coerção econômica”. Os EUA, diz ele, “não vão deixar a Austrália sozinha no campo”.
Contudo, o apoio pode ter um alto preço. Analistas dizem que Camberra pode ser colocada em uma posição muitíssimo delicada uma vez que enxergam a possibilidade dos Estados Unidos decidirem que todo comércio com a China que possa aumentar suas capacidades de combate, incluindo o comércio entre a Austrália e a China, deve ser interrompido. Não seria a primeira vez que o possível papel do minério de ferro australiano na construção naval da China seria colocado em foco e os EUA poderiam até vincular o comércio Austrália-China à confiabilidade de seus compromissos com a aliança militar ANZUS, celebrada por Austrália, Estados Unidos da América e Nova Zelândia.
A questão é se a Austrália deseja separar seus interesses econômicos das questões de segurança e, diante de uma nova Guerra Fria, isso seria dificílimo.




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